Araranguá

Conselho Estadual de Turismo e Santur discutem sobre as mudanças no turismo induzidas pela Covid-19

A Amesc (Associação dos Municípios do Extremo Sul Catarinense), através da Coordenadoria de Turismo e Cultura, integrou o debate estadual, via videoconferência, sobre os reflexos do coronavírus no turismo e as adaptações necessárias para o reinício das atividades do setor. A retomada das atividades de ecoturismo foi pontuada pela Amesc.

A coordenadora de Turismo e Cultura, Helen Becker, explica que o debate foi organizado pelo Conselho Estadual de Turismo (CET) no qual representa a Região Turística Caminho dos Canyons. O colegiado é formado por representantes de todas as regiões de Santa Catarina, de distintos segmentos turísticos.

Segundo a coordenadora de Turismo e Cultura, Helen Becker, a retomada de atividades de ecoturismo, é embasada em uma reivindicação de representantes do segmento, a Associação Tigre Preto de Condutores Locais e Guias de Turismo. Conforme manifestação de empresas e profissionais, as atividades passariam por uma adaptação, como a redução do número de pessoas nas visitas guiadas, além de ajustes às normas sanitárias, algumas delas já incorporadas ao cotidiano, como o uso de máscara e de higienização de mãos.

“O maior problema atual no turismo interno regional é a grande quantidade de pessoas que saem de suas casas e adentram em parques nacionais e propriedades privadas. Isto ocasiona preocupação com o meio ambiente, por não saberem como fazer a preservação, bem como com o cuidado pessoal. Há uma extensão territorial bem grande e um número pequeno de efetivo na fiscalização para controlar esta demanda. Com a retomada das atividades, embasadas em normas de segurança diante da pandemia do coronavírus, há a segurança das pessoas dentro destas áreas, assim como garante a subsistência destes profissionais”, aponta Helen.

A coordenadora de Turismo observa que o decreto estadual não traz transparência quanto atividades como cavalgadas, trilhas, vôos de balões e cicloturismo. “Por isto estamos formalizando nossa preocupação. A luta da Amesc é que o decreto seja mais claro para que haja uma retomada parcial das atividades dentro dos requisitos básicos”.

Sobre este assunto, o presidente da Santur salientou que, assim como em outros segmentos, a retomada requer a construção de uma base de normas a serem cumpridas e que vão auxiliar e padronizar os procedimentos necessários para garantir um turismo seguro em todas as áreas. Para o ecoturismo há a proposta de reduzir em 50% a capacidade, sendo que o distanciamento entre os participantes na atividade será de 4 metros; o guia-condutor ainda oferecerá álcool 70% e orientará sobre o uso deste e da máscara. O controle da capacidade nos atrativos será da associação.

Para o presidente da Amesc, prefeito de Balneário Gaivota, Ronaldo Pereira da Silva, o trabalho integrado no estado garante mais segurança para a retomada das atividades no turismo, sendo que a região possui uma grande potencialidade no ecoturismo. “Precisamos pensar na cadeia produtiva, sem esquecer os cuidados básicos diante desta pandemia. O debate dos setores competentes estrutura melhor esta situação”.

Praia Grande possui um grande potencial turístico, destacando-se para o ecoturismo. Segundo o prefeito de Praia Grande, Henrique Maciel, com a chegada da pandemia, o foco demandou um trabalho forte na prevenção ao combate da covid-19 devido a gravidade da doença. “No entanto, o turismo significa uma importante ferramenta para o desenvolvimento de Praia Grande, sendo um dos maiores motivadores da nossa economia, estamos mantendo contato com o ICMBio, em Brasília, para rever a situação da abertura dos parques nacionais.  Muitas outras ações estão sendo trabalhadas a nível de estado, como esta pauta conjunta, a fim de que o setor seja visto com a importância que precisa. Embasados e com segurança, a retomada vem sendo trabalhada”.

Fomento no turismo - Durante a reunião, o diretor de Marketing da Santur, Carlos Eduardo de Sá, apresentou o programa “Viaje+SC”, que está sendo estruturado para estimular o turismo regional no estado. A primeira fase do programa consiste na criação de um selo para certificar os empreendimentos que respeitam as normas de segurança relacionadas à Covid-19 e oferecem um produto diferenciado ao turista catarinense.