Mercado Livre poderá ter sede em Araranguá
20/07/2020
Na sessão dessa quarta-feira à noite, dia 15 de julho, os 15 vereadores de Araranguá apresentaram o Requerimento nº 049/2020 solicitando que o deputado estadual José Milton Scheffer e o senador da República Espiridião Amin Helou Filho, ambos do PP, “realizem um movimento” para a instalação do centro de distribuição da empresa Mercado Livre em Araranguá.
A iniciativa é salutar, porém esperamos que não seja tardia. Será necessário desmistificar o antigo ditado popular preconizando que “passarinho que acorda cedo bebe água limpa”, o que significaria prioridade na escolha e maiores oportunidades.
Nessa coluna, o imbróglio envolvendo a implantação do centro de distribuição da Mercado Livre (foto) em Gravataí e a posterior procura por outra cidade do sul do Brasil que atenda a demanda dessa gigantesca empresa foi divulgado e comentado. Lamentavelmente, essa situação demorou a repercutir entre as autoridades de Araranguá.
Mais dinâmico e atento, o Governo Municipal de Içara já intercedeu junto a Assembleia Legislativa Catarinense visando implantar o centro de distribuição de Içara na cidade. Na sessão do dia 8 de julho, a deputada estadual Ada Faraco de Luca (MDB) apresentou indicação para que o governo catarinense e a Secretaria de Estado da Fazenda disponibilizem os meios necessários para viabilizar que a Capital Catarinense do Mel possa receber o investimento.
A parlamentar justificou que as características estratégicas e logísticas são favoráveis para Içara conquistar esse empreendimento. Ao mesmo tempo, o município ofereceu um local junto ao bairro Esperança, a 600 metros da BR-101 e 400 metros da Ferrovia Tereza Cristina, próximo ao Aeroporto de Jaguaruna e ao Porto de Imbituba.
A mobilização foi tamanha, que uma comitiva içarense esteve em Florianópolis, participando de reunião sobre o tema com autoridades do Governo Catarinense. A proposta também recebeu o apoio dos deputados estaduais Luiz Fernando Cardoso, Vampiro (MDB), Rodrigo Minotto (PDT) e Volnei Weber (MDB).
Além de gerar postos de trabalho, elevar a circulação de riqueza (por meio da arrecadação de impostos) e contribuir para melhorar a qualidade de vida das pessoas, o objetivo do Mercado Livre, com as novas estruturas, é entregar os produtos em até 48 horas após a compra pela Internet. A empresa é responsável por 33% do mercado online no Brasil.
Os planos iniciais da empresa era instalar-se em Gravataí/RS, mas após intensas negociações, no dia 14 de junho a direção da Mercado Livre anunciou oficialmente a desistência em fixar o centro de distribuição no município da Região Metropolitana Gaúcha.
Nos bastidores, a informação é que a empresa não recebeu os incentivos tributários imaginados. Já o Governo do Estado alegou que a Receita Estadual do Rio Grande do Sul chegou a elaborar um regime especial para a empresa.
Sem acordo com os gaúchos, o investimento da Mercado Livre e os milhares de empregos serão gerados em Santa Catarina, onde o Governo do Estado foi ágil e pouco burocrático para analisar e atender ao pleito, de maneira a garantir a operação.
Apenas para exemplificar a importância do empreendimento, lembramos que o centro de distribuição da Mercado Livre projetado para Gravataí seria construído em uma área total de quase 50 mil metros quadrados, com faturamento estimado de R$ 450 milhões nos próximos cinco anos. Era estimada a contratação de 500 pessoas para o negócio.
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