Especialista explica que a tecnologia é uma grande aliada na descoberta da doença

Araranguá

No próximo domingo, dia 05 de Fevereiro, é o Dia Nacional da Mamografia, instituído  no ano de 2013 com o objetivo de sensibilizar as mulheres sobre a importância de realizar o exame para detectar precocemente o câncer de mama que é considerada uma das principais causas de morte entre as mulheres no Brasil.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, o Inca, 70% das brasileiras entre 50 e 69 anos têm acesso a mamografia tanto na rede pública quanto na privada. Mas boa parte delas acaba não realizando o exame por diversos fatores, estre eles, a desinformação e é claro, o medo de sentir dor.

No caso da dor, a médica Especialista em Radiologia e Diagnóstico por Imagem, membro titular do Colégio Brasileiro de Radiologia, Luciana Burigo Trindade, que atende na clínica Sonograf, explica que o desconforto sentido é suportável e não deve se sobressair a importância do exame. “A maioria das pacientes já ouviram falar do exame de maneira negativa. Existe é claro um incômodo, que é comum à maioria dos exames. A sensibilidade da paciente também exacerba quando ela está com medo de um possível diagnóstico ruim. Mas aí é que está o ponto mais importante, nós devemos sentir medo do diagnóstico tardio, quando o tratamento será muito complicado e procurar meios de obter o diagnóstico precoce, quando a doença está numa fase inicial, localizada e a cura é quase certa. A mamografia foi capaz de reduzir de forma considerável a mortalidade por essa doença e deve ser encarada como algo positivo, capaz de salvar vidas. O incômodo, que é tão rápido e passageiro, não deve impedir as mulheres de terem seu diagnóstico precoce, pois é o único método capaz de detectar o câncer de mama mais comum no estágio inicial, quando há maior chance de cura”, orienta a médica.

A especialista explica ainda que  a tecnologia é uma grande aliada na descoberta da doença. Existem equipamentos cada vez mais modernos no mercado e que contribuem no diagnóstico. "Atualmente os equipamentos estão auxiliando com mais precisão no diagnóstico, dando mais conforto às pacientes e, principalmente, com baixo nível de radiação”, disse Dra. Luciana que ainda orienta: “A mulher deve pesquisar sobre o assunto, procurar informações sobre o local onde vai realizar o exame e qual tipo de equipamento é usado. Não há dúvidas que sentir confiança na clínica e nos profissionais é o primeiro passo para estar mais tranquila”.

A mamografia é um método de rastreio, ou seja, inclui muita gente saudável e sem nenhum sintoma para garimpar possíveis casos de doenças. Ela raramente confirma doença num primeiro exame. O que ela faz é selecionar um grupo amplo de pacientes que vão precisar prosseguir na investigação com outros métodos de imagens, como a ultrassonografia, por exemplo. Mesmo nos casos de mamografia alterada, será apenas uma pequena porção delas que receberá um diagnóstico final de câncer de mama e, mesmo assim, somente após a realização de outros testes.

A prevenção do câncer de mama, como da maioria das doenças, se dá através de um estilo de vida saudável. “Não há dúvidas de que a informação é a maior arma que temos contra qualquer tipo de doença, conhecer o próprio corpo, perceber pequenas alterações, conversar com o médico assistente, saber quais tipos de alterações ocorreram no exame e levar os exames anteriores na hora de realizar os novos é fundamental para um rastreio verdadeiramente eficiente”, finaliza.