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Notícias | Política


“Muitas vezes, os governos esperam a crise até mudar. O Brasil fez uma opção diferente”

19/05/2015

Durante visita a Florianópolis, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, explicou os polêmicos ajustes na economia do país




Eduardo Pinho Moreira, Antônio Gavazzoni, Joaquim Levy e o governador Raimundo Colombo



O equilíbrio das contas públicas de Santa Catarina, que é um dos menos endividados do país, com a maior expectativa de vida e a menor taxa de pobreza, atraíram a visita do ministro da Fazenda a Florianópolis, neste sábado (16). Foi para conhecer de perto esta realidade que Joaquim Levy dedicou este fim de semana.

“Nós somos, de regra, o último Estado a entrar em uma crise e somos o primeiro a sair dela, mas somos afetados pela dinâmica da nossa economia. Nós estamos a seu favor, ao seu lado”, declarou o secretário da Fazenda, Antônio Gavazzoni.

Depois de tomar café da manhã com o governador Raimundo Colombo, Levy concedeu uma entrevista coletiva e, após, proferiu uma palestra aberta ao público no Teatro Pedro Ivo. O evento foi acompanhado, ainda, pelo vice-governador, Eduardo Pinho Moreira, secretários de Estado, prefeitos, deputados estaduais e federais e lideranças da área empresarial, como o presidente da Fiesc, Glauco Côrte.

Em sua fala, Levy explicou as principais medidas que vem adotando para evitar uma crise econômica no país.

“Muitas vezes, os governos esperam ter uma crise até mudar. O Brasil fez uma opção diferente. A gente não quer uma crise. A gente prefere fazer o ajuste para não ter nenhuma ruptura”, destacou.

Apesar de ter não ter sentido a crise mundial que afetou diversos países a partir de 2008, o Brasil, de acordo com o ministro, se deu conta de que “o dinheiro havia acabado”. “Havia necessidade de se traçarem novos direcionamentos”, explicou.

Diminuir impostos pode ser impossível, diz ministro

Entre os temas polêmicos da reestruturação econômica do país estão assuntos como o aumento de preços da energia elétrica e dos combustíveis e a rediscussão da carga tributária. O ministro adiantou que as medidas são parte fundamental do plano.

“Talvez diminuir impostos seja impossível, dada as responsabilidades que o governo tem que cumprir”, admitiu Levy.


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Outro ponto polêmico é a rediscussão da desoneração da folha de pagamento no setor privado. O ministro defende que as aposentadorias precisam ser custeadas pela folha, da qual depende o financiamento da previdência social.

“Se as empresas acham que é caro financiar a previdência social como ela é hoje, é importante a reflexão de não se criarem novas despesas para a previdência”, destacou o ministro.

Ao fazer uso da palavra, quando o palestrante abriu espaço a perguntas, o presidente da Fiesc discordou: “Sou obrigado a dizer que a desoneração é importante”, disse. “O setor privado precisa voltar a ser tratado como setor privado. Cada vez mais há uma interferência do setor público no setor privado, que precisa ter liberdade para investir, para produzir, para contratar, inclusive para terceirizar”, acrescentou Côrte.

Levy defende que o equilíbrio fiscal do país permite ao empresário e ao cidadão que ele foque apenas nos seus próprios riscos, como se deve ou não comprar algo, investir, viajar. 

“Esse negócio de falar de imposto não é muito glamouroso, mas na vida real das empresas tem um impacto tremendo e fundamental nas tomadas de decisão a curto e médio prazo”, concluiu o ministro.



# ADJORI/SC

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