Governador anuncia investimento de R$ 7 bilhões em portos catarinenses
04/08/2015
Em um evento que contou com a presença de centenas de pessoas, entre elas a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, e o ministro dos Portos, Edinho Araújo, além de investidores, empresários, políticos e representantes da sociedade organizada, o governo de Santa Catarina lançou, na tarde desta terça-feira, o SC Acelerando a Economia - Edição Portos. A previsão é injetar R$ 7 bilhões na economia catarinense nos próximos três anos, por meio do programa. Só hoje, foram assinados protocolos com 10 empresas que movimentarão, juntas, R$ 2,7 bilhões por ano e que vão gerer 645 novos empregos diretos.
Com seis portos - Itapoá, Navegantes, Itajaí, Imbituba, Laguna e São Francisco do Sul -, Santa Catarina já é o segundo Estado que mais movimenta contêineres no país. A zona portuária catarinense está ligada a mais de 160 portos no mundo inteiro. "Santa Catarina tem história e vocação portuária", destacou o ministro dos Portos, em entrevista coletiva. O objetivo, agora, é dar ainda mais fluidez aos trâmites que permitem o desenvolvimento portuário catarinense.
"Hoje, 87% das exportações e 82% das importações se dão pelo modal portuário, em Santa Catarina. Já temos os melhores e mais eficientes portos brasileiros. Agora precisamos dar condições para que este sistema possa responder com muito mais energia à demanda das exportações", destacou o secretário da Fazenda, Antonio Gavazzoni.
"Não vamos vencer a crise com ideias. Vamos vencer a crise é com as pessoas. E temos lutas importantes pela frente", afirmou o governador Raimundo Colombo.
A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, anunciou que o governo federal prepara a realização de concurso público para reforço de pessoal na fiscalização de cargas, além da modernização de todo o Ministério. Entre as inovações está a implantação de um sistema para reduzir o tempo de liberação dos contêineres de frigoríficos, chamado Canal Azul. Com ele, a carga será fiscalizada dentro das indústrias e o caminhão é lacrado sem a necesidade de nova fiscalização nos portos. No sistema atual, a carga fica parada, em média, dois dias. Testes mostram que o lacre pode reduzir em média 57 horas o tempo entre a chegada dos contêineres no porto e a liberação para embarque.
Outras medidas
Entre as novas medidas práticas do Governo do Estado, foi anunciada a instituição de um grupo de trabalho que irá elaborar o Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) da Baía da Babitonga. O trabalho será coordenado pela Secretaria de Estado do Planejamento, com o apoio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico Sustentável e a Fundação Estadual do Meio Ambiente (Fatma). Previsto na Política Nacional do Meio Ambiente e no Estatuto das Cidades, o ZEE é um instrumento de planejamento e ordenamento territorial que deve assegurar a conservação dos recursos naturais e garantir seu uso racional.
Outra medida foi a assinatura de um protocolo de cooperação técnica entre a Secretaria de Estado da Fazenda, a Fatma e o BRDE. O objetivo é desenvolver ações conjuntas e compartilhar informações para garantir agilidade na análise dos processos relacionados ao licenciamento ambiental, otimizar o acesso ao crédito para financiamentos de projetos voltados a implantação ou expansão de empreendimentos portuários ou retroportuários, portos secos e centros logísticos industriais aduaneiros. A parceria tem validade de dois anos.
Também foi anunciado que o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico Sustentável, fará um diagnóstico das importações e exportações realizadas pelos portos brasileiros, classificando-as por atividades e setores produtivos, associando às características da cadeia produtiva catarinense e à vocação dos portos de SC. Este diagnóstico identificará os principais clientes dos portos catarinenses e será disponibilizado aos gestores do setor, para que tenham informações qualificadas para identificar e conquistar novas oportunidades de negócios.
Conheça as empresas que vão investir em portos catarinenses
Bombardier Recreational Products – empresa canadense que implantará um centro de distribuição em Joinville e realizará por Santa Catarina as importações de seus equipamentos, como motos aquáticas e quadriciclos.
Eurocorp Energias Renováveis – instalará indústria em Otacílio Costa para produção de pellets de madeira, considerado um biocombustível renovável e limpo.
Irmãos Fischer S.A. – está expandindo sua capacidade produtiva para implantação de uma nova linha de produção no município de Brusque.
Blue Cycle Distribuidora Ltda. – implantará um centro de distribuição em Itajaí e realizará por Santa Catarina a importação de bicicletas e acessórios.
Menegotti Indústrias Metalúrgicas Ltda. – vai expandir a fábrica de Jaraguá do Sul, onde produz máquinas e equipamentos para a construção civil. A empresa anunciou também a ampliação da unidade de usinagem de Schoreder.
Móveis Katzer Ltda. – vai expandir e modernizar a fábrica de móveis de São Bento do Sul.
Fibervita Processamento de Alimentos – vai implantar uma nova linha de produção de fibras alimentares dietéticas em Chapecó.
Eletropoll Eletrodutos Metálicos Ltda. – vai expandir a indústria de painéis elétricos e conexões metálicas, com novas instalações em Corupá.
JTI Processadora de Tabaco do Brasil Ltda. – anunciou expansão da indústria de processamento e exportação de fumo instalada em Pouso Redondo.
Indústria de Linhas Triche Ltda. – a empresa de Brusque vai iniciar expansão da atividade de fabricação de produtos têxteis no município.
O que é o SC Acelerando a Economia
A programação SC Acelerando a Economia é resultado de uma agenda positiva que vem sendo construída com o apoio das equipes da Fazenda, do Planejamento, da Infraestrutura, do Desenvolvimento Econômico, da Fatma e da Casa Civil. "Nosso objetivo é identificar setores importantes do Estado que, em um momento de crise, possam ser incentivados para continuarem produzindo e crescendo, movimentando a economia catarinense", explicou o secretário da Fazenda.
Em junho, também dentro da iniciativa, foi lançado o programa SC+Energia, que incentiva o investimento em energias alternativas, principalmente as consideradas limpas e renováveis, como Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs), eólica, solar e biomassa. Entre as medidas do programa, estão incentivos fiscais para novos investimentos em energias renováveis e reforço de pessoal nas equipes que trabalham com licenciamento ambiental.
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