Apesar da queda de 28% nos investimentos na Indústria, taxa de desemprego em SC é a menor do país
23/07/2016
Apesar da queda de 28% nos investimentos na Indústria, taxa de desemprego em SC é a menor do país
Números foram revelados durante reunião de diretoria da Fiesc, no lançamento da publicação Panorama e Perspectivas dos Investimentos da Indústria Catarinense - 2015 a 2018
Os números relativos aos investimentos do setor foram divulgados na manhã de sexta-feira, em reunião de diretoria da federação, em Florianópolis.
Mesmo com a queda nos investimentos na Indústria, Santa Catarina continua sendo o Estado com menor índice de desemprego no país. Enquanto a taxa nacional desemprego é de 12%, em SC o percentual é de 6%.
“As áreas que têm uma previsão maior de investimento e, consequentemente, de empregos, atualmente, são a de alimentos, celulose e papel, máquinas, equipamentos e aparelhos elétricos. O setor têxtil e de vestuário, quando a economia voltar a crescer, deve voltar a crescer também”, destacou o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), Glauco José Côrte, em entrevista à Agência Adjori de Jornalismo.
Os números relativos aos investimentos do setor foram divulgados na manhã de sexta-feira, em reunião de diretoria da federação, em Florianópolis. De acordo com o relatório, as Indústria catarinense deve investir 28% a menos do que investiu no ano passado (cerca de R$ 1,6 bilhão). Apesar do recuo, a previsão é de crescimento até 2018: 3,3 mil novas vagas de trabalho para 2017 e 2018. Somadas às 2,7 mil criadas em 2016, serão 6 mil novos empregos criados pela indústria catarinense até 2018.
Os dados integram a publicação Panorama e Perspectivas dos Investimentos da Indústria Catarinense - 2015 a 2018. Côrte destacou que a economia tem melhorado mês a mês. “Nossa avalição é que mais para o final do ano devemos ter uma posição um pouco mais definida e encerrar o ano, talvez, já com uma curva de crescimento. Quando a pesquisa foi realizada, as incertezas econômicas e políticas eram muito maiores do que são hoje. O último dado sobre o índice de confiança já foi melhor”, avaliou.
A conjuntura afetou o perfil dos investimentos, mostrando que os industriais estão buscando ajustar as operações de suas empresas melhorando a gestão. Houve redução nos percentuais das empresas que pretendem adquirir máquinas e equipamentos (de 63% para 48%), realizar atualização tecnológica (de 54% para 39%) e ampliar a capacidade produtiva (de 51% para 28%).
O estudo mostra que, no ano passado, o setor produtivo catarinense fez investimentos da ordem de R$ 2,1 bilhões. O valor ficou dentro do previsto para 43% das indústrias, enquanto 35% delas não realizaram a totalidade dos investimentos planejados para o ano. Outros 8% investiram em 2015 mais do que o previsto inicialmente. Dados divulgados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostram realidade semelhante. Cerca de 42% das indústrias brasileiras investiram o previsto no ano passado, enquanto 46% fizeram aportes parciais, 8% cancelaram e 4% adiaram para 2016.
Outros indicadores - A indústria catarinense encerrou 2015 com queda de 7,9% em sua produção e declínio de 12% nas vendas, em termos reais. Foram fechados 36 mil postos de trabalho no segmento de transformação e 8 mil na construção civil.
Apesar dos problemas conjunturais e estruturais do país, os empresários enumeraram alguns pontos positivos que podem favorecer as atividades em 2016: abertura de novos mercados, perspectivas de mudanças políticas, combate à corrupção, taxa de câmbio favorável às exportações, substituição de produtos importados por nacionais e oportunidades no agronegócio, entre outros.
A pesquisa Investimentos da Indústria Catarinense 2015-2018 ouviu 110 empresas do Estado entre os meses de fevereiro e abril de 2016.
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