<< Voltar

Notícias | Economia


Crise do Coronavírus já provocou 530 mil demissões em SC

13/05/2020

Setor de serviços teve o maior número de desligamentos: 218 mil. Em
seguida estão indústria (158 mil) e comércio (153 mil)

Uma pesquisa encabeçada pelo Sebrae/SC apontou que o número de demissões em
Santa Catarina chegou a 530 mil desde o início da pandemia. O estudo,
publicado nesta terça-feira (12), apresenta um aumento importante em
relação à última estimativa, divulgada em 20 de abril, que apontava 406 mil
demissões.

O setor de serviços é o que concentra o maior número de desligamentos: 218
mil. Em seguida está a indústria, com 158 mil, e o comércio, com 153 mil. A
maior parte das demissões concentraram-se nas micro e pequenas empresas
(368 mil desligamentos), do que nas grandes e médias empresas (161 mil).

Além do número de desempregados, outros 870 mil trabalhadores tiveram
influência direta da crise econômica. A pesquisa apontou que 408 mil
empregados estão com os contratos de trabalho suspensos e 462 mil tiveram
redução da jornada com redução proporcional de salários.

Segundo os empresários, as mudanças nas relações trabalhistas foram
fundamentais para evitar mais desligamentos. As regras, editadas pelo
governo federal via Medida Provisória, fizeram com que a avaliação do
Planalto pelos empresários fosse melhor do que a avaliação das ações do
governo do Estado.

Os dados mostram que o governo de Jair Bolsonaro teve avaliação positiva de
50,1% dos entrevistados, contra 35,3% de negativa. Em relação ao governo de
Carlos Moisés da Silva, a situação é inversa: 55,4% julgam as ações
negativamente, contra 32% de positivo.

"O resultado da saúde durante a pandemia não foi tão prejudicial para Santa
Catarina. Por outro lado, houve um impacto na economia que foi muito mais
forte do que se esperava. [...] Nós tivemos pouca interlocução com o
governo do Estado, embora na questão da flexibilização tenham reunido o
setor produtivo. Eu acredito que a nossa interlocução com o governo federal
é maior do que o governo estadual" disse o presidente da Federação das
Indústrias de SC (Fiesc), Mario Cezar de Aguiar.

"Nós entendemos que neste momento a convivência dos diversos poderes deve
ser no sentido de encontrarmos os melhores caminhos para que mais
rapidamente a economia do Estado volte a crescer", afirmou o presidente da
Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio/SC), Bruno
Breithaupt.

"A avaliação do governo federal passa pela edição das medidas provisórias
que flexibilizaram a manutenção do emprego, o acesso emergencial ao
crédito. O impacto da avaliação estadual acontece por parte do não
funcionamento do setor produtivo e do baixo diálogo, fora o transporte
coletivo", acrescentou o superintendente do Sebrae/SC, Carlos Henrique
Fonseca.


Faturamento

O estudo mostrou ainda que a queda de faturamento registrada pelas empresas
encolheu. O índice estava em 74,6% na última pesquisa e chegou a 56,5%. A
melhora do índice é fruto da volta das atividades econômicas.

Apesar da melhora, os empresários apontam uma perda acumulada de R$ 16,2
bilhões. Destes, a maioria é do comércio (R$ 7,7 bilhões), seguido da
indústria (R$ 5,5 bilhões), e dos serviços (R$ 2,4 bilhões).

Outro dado que frustrou os líderes empresariais foi a baixa oferta de
crédito para as empresas manterem os empregos e o fluxo de caixa. O estudo
mostrou que apenas três em cada 10 empresários conseguiu crédito durante a
pandemia.

A pesquisa é baseada em 2.547 entrevistas em parceria com a Fiesc e
Fecomércio/SC.

#

Mostrando 1 - 12. Total de 157 em 14 página(s).


Utilizamos cookies para sua melhor experiência em nosso website. Ao continuar nesta navegação, consideramos que você aceita esta utilização.

Ok Política de Privacidade