Paralisação dos caminhoneiros afetou quase 80% das empresas em SC
01/06/2018
*Pesquisa com empresários dos setores do comércio, serviços e turismo
estima perda de faturamento de R$ 350 milhões no Estado*
Uma pesquisa realizada na terça-feira (29), durante o nono dia de
paralisação dos caminhoneiros, mostrou que quase 80% dos empresários
entrevistados tiveram impactos significativos com a greve. O principal
problema foi o desabastecimento, como a falta de insumos para produção e
comercialização, que atingiu supermercados, lojas de materiais de
construção, transportes, e postos de combustíveis. Segundo a sondagem,
40,8% das mercadorias ou insumos encomendados não chegaram ao destino.
Os estabelecimentos mais atingidos foram os postos de combustíveis, com 90%
de desabastecimento. Seguido de lojas de material de construção (70%),
transporte intermunicipal (67,5%), supermercados (48,6%), atacados (45,9%),
restaurantes (38,7%), farmácias (22,5%) e hotéis (21,7%).
O estudo revela que a perda no faturamento para os setores de comércio,
serviços e turismo pode chegar a 32,4%, o que representa cerca de R$ 350
milhões. A queda é liderada pelos postos de combustíveis (-86%) pelo setor
hoteleiro (-41,7%) e pelos atacados (-41,4%). Farmácias (-10%) e
supermercados (-15,7%) foram menos atingidos.
De acordo com a pesquisa, 48,5% dos empresários precisaram tomar medidas
emergenciais para contornar o problema. Entre as alternativas adotadas
estão o adiantamento de folgas de funcionários, a busca de insumos
diretamente na distribuidora, o limite de compra para clientes, a redução
do horário de atendimento e a alteração do fornecedor. Empresários que já
sabiam da greve aumentaram o estoque previamente.
Os dados foram coletados pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e
Turismo de Santa Catarina (Fecomércio-SC) junto a 101 empresários dos
municípios de Balneário Camboriú, Blumenau, Chapecó, Criciúma,
Florianópolis, Itajaí, Joaçaba, Joinville, Lages, Laguna e Rio Negrinho.
De acordo com o presidente da Fecomércio-SC, Bruno Breithaupt, os reajustes
progressivos dos combustíveis “não devem mais penalizar o setor produtivo e
a sociedade, desidratando a competitividade dos produtos e serviços
brasileiros“.
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