Setor de carnes de SC deve ter bom momento a partir de setembro
06/09/2019
Estimativa é de que redução de estoques na China aumente a demanda
mundial. Procura deve beneficiar SC
A partir de setembro, o desempenho do setor de agronegócio de Santa
Catarina deve melhorar, principalmente nas vendas de suínos, aves e bovinos
para o mercado externo. A expectativa do próprio setor é positiva devido à
redução dos estoques de carne na China que devem pressionar a demanda pelo
produto brasileiro. O crescimento da procura por proteína animal no mundo
inteiro tem feito o Estado bater recordes este ano
A demanda está em alta desde o início do ano. Um dos motivos é o problema
sanitário enfrentado por países da Europa, México, entre outros. Outros
fatores, como o câmbio favorável, também tem contribuído para o avanço das
exportações de Santa Catarina e do Brasil.
Para setembro em diante, o setor espera uma procura ainda maior,
especialmente pelos chineses. O país asiático sofre com uma peste suína que
reduziu em cerca de 30% o rebanho interno. A quebra de produção, segundo
estimativas no setor, é de 20 milhões de toneladas e os estoques estão
chegando ao fim.
"O efeito China é mais especulativo do que prático. Ainda está por vir. A
onda que vai provocar nos mercados ainda não aconteceu, e essa onda vai ser
uma tsunami", disse o presidente da Associação Catarinense de Avicultura
(ACAV), José Antônio Ribas Júnior. "O Brasil no ano passado comercializou
quatro milhões de toneladas. Estamos falando de cinco *Brasis*".
Segundo ele, o Brasil, e principalmente Santa Catarina, pode se beneficiar
do problema. O Estado já tem os requisitos para exportação e a condição
sanitária diferenciada. Por estar com a estrutura pronta, deve ser um dos
primeiros mercados a ser procurado. "A primeira proteína de substituição é
o frango. Depois bovino, outras carnes, algo de peixe, e só depois suíno,
pelo 'preconceito'", afirmou.
A peste
A peste suína que acomete a China tem origem na África e é transmitida, em
geral, por carrapato ou alimentos contaminados pelo vírus. A doença é
altamente contagiosa e tem índice de mortalidade considerado alto. O Brasil
teve casos nos anos 70, mas hoje está livre da peste.
A doença, porém, não gera risco a humanos. "O problema que estão vivendo lá
não é um problema de risco à saúde pública. O problema é zootécnico, que
mata o suíno, mas se eu, você, ou qualquer pessoa comer uma carne
contaminada, provavelmente nada aconteceria conosco", disse Ribas.
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