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Notícias | Saúde


Governo do Estado lança campanha de combate às drogas em Santa Catarina

25/08/2015



Na manhã desta terça-feira (25) o Governo do Estado de Santa Catarina lançou, no Teatro Pedro Ivo, em Florianópolis, a campanha midiática: Drogas. Não dá mais pra aceitar. A ação também tem o apoio da Assembleia Legislativa (Alesc), do Ministério Público e do Tribunal de Justiça.






Em entrevista o governador Raimundo Colombo disse que essa campanha visa a prevenção das drogas. “A meta é a conscientização. É uma questão de costume, há uns anos atrás todos fumavam, inclusive, em local fechado. Hoje não precisamos nem colocar avisos nas paredes, todos sabem que não podem fumar aqui. É isso que queremos, criar o costume de o jovem nem começar a experimentar”, afirma.


Ele diz ainda que a ação é grande, está sendo pensada até o final do ano, mas com grandes chances de se estender por mais tempo.


Na cerimônia de lançamento crianças do Programa Educacional de Resistência às Drogas (Proerd), jovens que estão em Centros de Atenção Psicossocial e ex dependentes químicos estiveram presentes.


Fernando Fávero é um deles, hoje com 24 anos, foi usuário de drogas desde os 12. Nesse tempo ele morou na rua e acabou sendo preso, era usuário de crack. Há um ano e meio pediu ajuda a um Centro Pop (Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua), foi internado e desde então não usa mais entorpecentes. “Eu não precisei completar os 10 meses de recuperação. Com seis meses já arrumei emprego, trabalho e moradia. Hoje sou baterista em uma banda da igreja que frequento e tenho uma empresa de produtos de limpeza, tenho meu próprio negócio e estou muito bem. Não me esqueci dos meus dias de rua e participo de um projeto social que entrega sopas a moradores de rua, inclusive nos locais onde eu frequentava, no centro de Florianópolis”, afirma.


Drogas


De acordo com dados da secretaria de Estado da Segurança Pública, a cada dez casos de violência registrados em Santa Catarina, sete estão relacionados a drogas ilícitas. Isso impacta diretamente a população. Em outros setores, não é diferente. Entre a população carcerária, por exemplo, 42,1% dos presos são por tráfico. O índice é maior que o de roubo (16,9%), furto qualificado (13,2%), homicídio (12,6%), furto simples (9,6%) e latrocínio (4%).


Um questionário aplicado pela secretaria de Estado da Educação, em 2010, em 1,3 mil unidades escolares da rede estadual, sobre o uso de drogas ilícitas apontou que 9,27% dos participantes já fez uso de maconha; 2,30%, de crack; 1,77%, de cocaína; 1,29%, de inalantes e 1,12%, de ecstasy. Quanto ao perfil dos usuários, 13,86% eram do ensino médio; 6,83%, alunos das séries finais do ensino fundamental; 1,26%, das séries iniciais do ensino fundamental; 2,41% funcionários da parte administrativa e 2,22% eram professores.


Ações


A secretaria de Estado da Assistência Social, Angela Albino, falou do atual plano de Segurança Pública, que parte de três eixos: 1. Prevenção ao uso – realizado através do Programa Educacional de Resistência às Drogas (Proerd); 2. Repressão à oferta – Conselho Estadual de Entorpecentes (Conem); e 3. Recuperação do usuário – Conselhos Comunitários de Segurança (Conseg’s). Com a nova campanha essas ações serão reforçadas e ampliadas em todo o Estado.


Na Educação existem as políticas pedagógicas, com programas nas escolas, políticas de educação e caderno pedagógico. Além de 1,6 mil professores formados por formação continuada sobre o tema.


O plano na Saúde vem reforças os Centros de Atenção Psicossocial (Caps), que hoje já são 89. E reformas em hospitais, com 14 novos leitos.


Na Assistência Social são 81 Centros de Referência de Assistência Social e Centros de Referência Especializada de Assistência Social (Cras e Creas). Investimentos para os municípios, com cofinanciamentos para os prefeitos manterem as estruturas de assistência, e 320 veículos para a “Busca Ativa”, que é quando os assistentes vão às ruas e as comunidades para ajudar pessoas em situação de risco e abandono.


Angela também falou do Programa Reviver, que na 1ª etapa teve 2,8 mil pessoas atendidas, 68 comunidades terapêuticas e R$ 11,9 milhões investidos. Agora, na 2ª etapa serão mais 1,2 mil pessoas atendidas e mais 21 comunidades terapêuticas funcionando.


O presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), Gelson Merísio, defendeu a prevenção com envolvimento da comunidade. “É muito importante o apoio da sociedade, e isso deve ser feito por longo prazo”, afirma.


Raimundo Colombo disse que a união tem um poder incrível e que o Sul tem que dar o exemplo de integração entre os poderes. Falou também sobre a situação dos dependentes: “O dependente sofre situação de escravidão e a sociedade precisa reagir”.


Participaram da cerimônia, entre várias autoridades, o vice-governador, Eduardo Pinho Moreira; o presidente da Alesc, Gelson Merísio; o procurador-geral de Justiça, Sandro José Neis; e o desembargador do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ/SC), Ricardo Roesler.



# ADJORI/SC

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